terça-feira, 15 de junho de 2010

Não foi mau....

O fraco desempenho da selecção nacional, que hoje empatou no primeiro compromisso do Mundial, frente a uma equipa com uma imponente compleição física, ficou a dever-se em muito ao medo evidente de assumir o jogo.

Incapaz de apresentar argumentos para derrubar a organização defensiva da Costa do Marfim, os portugueses enveredaram por uma toada morna, cautelosa, de passe para trás, sem qualquer progressão no terreno e, em consequência sem possibilidades de criar oportunidades. A única de que dispôs, saiu dos pés de C. Ronaldo, num remate de meia distância que o ferro da baliza adversária se encarregou de desfazer, já os ponteiros do relógio tinham percorrido mais de vinte minutos de jogo.

Frente a equipas que privilegiam o jogo defensivo, só conheço uma forma de vencer os obstáculos: rapidez e criatividade. Estas qualidades estiveram completamente ausentes do Mandela Bay Stadium.

Carlos Queiroz ter-se-à excedido na mensagem, quer para o grupo, quer para a generalidade dos portugueses, da importância de não perder o primeiro jogo. O repisar da ideia terá influenciado a forma como a equipa encarou este jogo.


Bruno Alves e Raul Meireles, as duas unidades portistas, utilizadas neste encontro estiveram iguais a si próprios. O defesa, sem grande volume de trabalho, foi sempre seguro e o médio muito trabalhador.

  
Segue-se a selecção da Coreia do Norte, no dia 25. Outra equipa defensiva, que não sendo tão forte fisicamente, vai colocar o mesmo tipo de dificuldades. A abordagem portuguesa terá de ser muito mais corajosa, senão...

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