sábado, 20 de setembro de 2008

O último foi Quaresma

A questão dos assobios no Estádio do Dragão não é propriamente nova no FC Porto. Pelo contrário, tem feito escola - desde os tempos das Antas, com o famoso Tribunal - e nem os jogadores com maior estatuto escapam. Os adeptos tornaram-se cada vez mais exigentes e têm mostrado pouca paciência em determinados jogos, mesmo que, como na quarta-feira, se trate do início de época e a equipa ainda esteja a sofrer um processo de transformação. Uma tendência várias vezes criticada pelos jogadores. Nuno é apenas o exemplo mais recente e nem sequer foi o visado dos apupos.

O caso mais visível foi o de Quaresma. A sequência de assobios, no Dragão, fê-lo perder a paciência com a plateia, ao ponto de a criticar duramente. "Estou a ficar um bocado farto dos assobios. Os adeptos têm de perceber que não adianta. Quanto mais assobiarem, mais pego na bola e resolvo os jogos", desabafou no final de um jogo da Taça de Portugal (Aves) em que o FC Porto venceu por 2-0, com um golo de Quaresma.

No mínimo estranha é a relação entre os assobios e os milhões de euros que a SAD tem encaixado. Senão, vejamos: Deco, Pepe, Bosingwa e Quaresma foram, cada um a seu tempo, alvos preferidos dos adeptos e todos eles renderam somas consideráveis quando mudaram de ares. Jorginho, Bruno Alves e Mariano também já saíram do Dragão com as orelhas a arder, tal como Lino, que agora é um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos. Relativamente imunes têm ficado Lisandro e Lucho. Os golos que marcam talvez o justifique, mas Quaresma também resolvia jogos e nunca evitou o coro de assobios...

in ojogo

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