sábado, 9 de outubro de 2010

Portugal 3-1 Dinamarca . E estamos de volta..........


PORTUGAL 3-1 DINAMARCA




A selecção de Portugal reentrou ontem no único caminho que pode conduzi-la à fase final do Europeu de 2012, que é o das vitórias. Fê-lo batendo por 3-1 a Dinamarca, um dos adversários directos na corrida à qualificação, graças a uma exibição que foi primeiro segura, ainda que com alguma falta de chama, mas que depois chegou a ser espectacular, a ponto de o risco de perda de pontos que chegou a pairar no Estádio do Dragão após o golo dinamarquês ter de ser encarado na altura como uma tremenda injustiça. Foi decisivo Nani, porque marcou os dois primeiros golos e assistiu Ronaldo, em trabalho de autor, para o terceiro, mas também João Moutinho, o patrão que a Selecção tanto procurava e que afinal estava ali, bem à vista de todos. E até Ronaldo se juntou à festa mais tarde, com uma segunda parte de grande nível.
Na estreia aos comandos da equipa, Paulo Bento desfez uma das inovações de Carlos Queiroz, voltando a remeter Pepe para o centro da defesa e apostando num meio-campo de pesos-pluma (Meireles, Martins e Moutinho têm 66 kg de peso médio), mas com rotinas de posição. E foi um risco bem calculado, porque Raul Meireles, a jogar no vértice mais recuado do triângulo, fez um jogo de grande disciplina táctica, mantendo quase sempre a posição à frente dos centrais e cortando muitas linhas de passe, mas sobretudo porque João Moutinho pegou no jogo da equipa de uma forma que já nem Deco era capaz de fazer nos últimos tempos. Eis como um mau suplente (Moutinho acumulara nos últimos tempos entradas infelizes perto do final dos jogos da Selecção, muitas vezes marcadas pela perda de vantagens entretanto conseguidas) se pode transformar num titular providencial.
E ainda que tenha começado o jogo com alguma incapacidade para criar desequilíbrios e, sobretudo, para ligar Hugo Almeida ao resto da equipa (em parte porque a Dinamarca reduzia bem os espaços jogando muito junta atrás, mas também porque se viam algumas descoordenações do ponta-de-lança com as diagonais dos extremos para a área), Portugal encontrou forma de chegar ao golo em dois momentos quase sucessivos, aos 29 e aos 31 minutos, sempre em transição ofensiva. Primeiro foi uma bola recuperada por Ronaldo que acabou num cruzamento rasteiro e num remate bem-sucedido de Nani, depois foi o próprio Nani a recuperar um passe disparatado de Poulsen para a zona central e a fazer o 2-0 numa bomba de pé esquerdo.
A perder por 2-0, a Dinamarca precisaria de mudar, mas aquilo que se viu foi pouco. É verdade que, privada de algumas das suas estrelas (Bendtner faz muita falta), a equipa visitante apostara tudo num 4x2x3x1 com um bloco médio/baixo, com risco ofensivo quase nulo e muitas perdas de tempo na reposição de bola em jogo desde os instantes iniciais. Com o 0-2, desapareceram as perdas de tempo, mas a equipa continuou muito atrás, dando assim espaço a Portugal para crescer e construir em cima da vantagem. E ainda que não o tenha aproveitado para dilatar o marcador, a equipa nacional mostrou então a sua melhor cara, muito porque Cristiano Ronaldo entrou no jogo. O CR7 quase marcou aos 43', num potente remate de meia distância; acertou na barra aos 54', após excelente iniciativa de Fábio Coentrão; colocou Lindegaard em dificuldades num livre aos 70' (em cuja recarga Carlos Martins quase marcou também); e aproveitou uma tabela com Tiago para voltar a experimentar os dotes do guardião dinamarquês, aos 76'. E se Portugal não marcou, quem o fez foi uma Dinamarca que a meio da segunda parte já tinha arriscado trocando o inoperante Jensen pelo promissor Eriksen e, sobretudo, transformando o rígido 4x2x3x1 num 4x1x4x1, com Lovenkrands numa ala e Rommedahl ao lado de Eriksen no apoio ao ponta-de-lança.
Tal como Portugal, a Dinamarca marcou na primeira ocasião para o fazer; e teve até mais sorte, pois fê-lo num autogolo de Ricardo Carvalho, na sequência de um canto da direita que Pepe não conseguiu desfazer. Mas, ao contrário de Portugal, nos 12 minutos que faltavam até ao apito final a equipa de Morten Olsen não construiu em cima do seu golo. Paulo Bento já substituíra Carlos Martins por Tiago, refrescando o sector nevrálgico da equipa nesta altura (a cabeça de área, onde a Dinamarca podia conseguir superioridade numérica), mas tal nem se revelou decisivo, pois, até final, só os portugueses chegaram com perigo à baliza adversária: aos 82', Postiga combinou bem com Ronaldo para concluir o lance com um remate demasiado alto e, a cinco minutos do final, o próprio Ronaldo descansou os adeptos marcando finalmente o golo por que tanto ansiava. Foi na sequência de um enorme trabalho de Nani, a aguentar a bola entre Poulsen e Kroldrup e a demorar o passe até ao segundo exacto em que podia isolar o CR7, que desta vez não teve dificuldades para bater o guardião dinamarquês.
Estavam assegurados o arranque vitorioso de Paulo Bento e a manutenção da pressão sobre uma Noruega que ganhara em Chipre e por isso disparara na primeira posição. E se, em relação ao novo seleccionador, os jogadores foram até ostensivamente entusiásticos (viu-se muita indirecta a Carlos Queiroz nas declarações que se seguiram à partida), já no que respeita à classificação o mais difícil continua por fazer: Portugal terá mesmo de esperar que Noruega e Dinamarca se atrapalhem para se chegar à frente, ganhando ao mesmo todos os seus jogos. A começar já pelo de terça-feira, na Islândia, ante a equipa mais fraca do grupo.


fonte: ojogo.pt


Destaque para as estreias de João Pereira e de Cristiano Ronaldo que regressou aos golos 4 meses depois.

2 comentários:

Anónimo disse...

Em questao de preco e o melhor do Mundo. Mostra ao LFV e ao JJesus que es muito melhor e muito mais barato que o "frangueiro" do 8 million dollar man/ROBERTO... mais conhecido por buraco aberto!
Força FCPorto! Força Selecção!

Tiago Araújo disse...

Logo por volta da meia-noite post sobre rui moreira.
abraço