quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Entre as frases e os comentários....


... esmiúçam-se personas e otários!

Sem querer parecer um daqueles rebeldes, mas de má índole clubística, felinos fedorentos, como tantos outros da nossa praça, nem tirar o poder interventivo desta ou aquela labareda mais acesa, a Calçadaesta semana, teve a liberdade de afrouxar seus trabalhos, uma vez que três importantes lajes foram deixadas ao acaso na pedreira bracarense, e destacar certas pérolas destes e daqueles calceteiros de ocasião.

Começando pelos homens da casa, o professor Jesualdo com ar visivelmente agastado e de consternação, no final do jogo do passado Sábado, em jeito de psicologia invertida, profere para dentro do seio portista o seguinte comentário: …”foi um FC Porto estranhamente nervoso e irreconhecível (…). Ficámos com alguma vergonha!. Pois é, o que ficou por mencionar e admitir, é que o que mais envergonhou os adeptos e sócios portistas, para além da pálida exibição azul e branca, foi a serenidade e a displicência com que o professor encarou o jogo no banco e o facto de lá deixar duas unidades, escolhidas por si no início de época, uma a aquecer e outra a ver na bancada, para colmatar a saída de apenas uma, que assim nunca verá ser esquecida.

Em pleno recinto de entrega dos novos Dragões de Ouro e por entre poesia declamada, o que dizer da tirada daquele que considero ser “O Lorde” de todos os comentadores desportivos cá do burgo! Falo pois, do Dr. Pôncio Monteiro. Homem de grande astúcia e perspicácia, começa a sua intervenção no programa“Prolongamento”, de uma estação televisiva com índole de carácter mais informativo, da passada segunda-feira com: “Este ano estamos a assistir a um carnaval, que começou bem mais cedo”. Ora nem mais, e se me é permitido, não só estamos a assistir a um carnaval como um reveillonantecipado, tal é a quantidade de garrafas de champanhe já abertas por esse país fora. O carnaval ainda vem longe, mas já há quem queira esconder-se debaixo de máscaras, abafando certas debilidades e porque não, também, omitir estes e aqueles factos.

Passando agora pela bíblia enc(o)rnada, dou especial atenção a um dos seus títulos garrafais:“Benfica agita o país”. Fantástico! Com tanta agitação, não vão tais aves raras sofrer de uma ejaculação precoce e deixar este país anda mais deprimido, deixando o clímax para aqueles que realmente sabem o que é dar cinco seguidas.

A culpa disto tudo, é de um tal de Jesus, sim esse mesmo que disse no final do seu último jogo: “(…) temos raça e ganhamos. Se não é de uma maneira é de outra…”. Querem lá ver que escapou alguma coisa a mais do que devia ao menino?! Ou então não escapou nada, nosso senhor diz sempre a verdade e nunca mente, e quem diz a verdade não merece castigo… merece ser beneficiado!

Continuando no mestre das profecias, Jorginho messias ainda teve tempo esta semana para deixar escapar: “Estamos a reavivar o Benfica de Eusébio”. E eu que pensava que o tempo era de eleições, votadas democraticamente, afinal, Salazar levantou-se da cadeira e veio mandar no desporto outra vez. Não tinha dado por isso, só na comissão disciplinar, na nomeação dos árbitros, na (in)competência e na (in)coerência televisiva dos nossos jogos na televisão do estado, na (im)parcial imprensa escrita que temos, etc… tudo muito pouco faccioso, como era apanágio desse antigo regime, em que ate Eusébio era património. A crise afinal não é de agora!

De volta a aquilo que são comentadores desportivos do nosso país, faço menção ao Dr. Eduardo Barroso com a seguinte insinuação: “O FC Porto está num patamar diferente no futebol português, para além dos jogadores, já empresta e exporta treinadores”. Se sobre a primeira parte da afirmação não discordo e até sublinho, da segunda só me apraz dizer que se nos últimos vinte anos o FC Porto foi a espinha dorsal de uma selecção nacional e o único clube português a ganhar tudo o que foi competição nacional ou internacional que havia para ganhar, é normal que os nossos ex-atletas queiram-se formar com profissionalismo. Dotando e contribuindo para um futebol português de alguma qualidade.

Não escolhendo como uns e outros, que prosperam no seu clube, a fácil opção de treinar um grande, agarrando-se a um constante e pouco ambicioso segundo lugar. Como médico e cirurgião que é, saberá melhor que eu, qual o melhor anti-inflamatório para a dor de cotovelo.

Menção honrosa, ainda, para aquele foi o momento, “Já me enterrei”, da jornada transacta, protagonizada pelo juiz de partida, com nome de artista bermelho, Rui Costa, no final do jogo em jeito misericordioso, dizendo para com o treinador do Olhanense: “Peço Desculpa! Peço Desculpa!”. Por aqui se vê, que algo vai mal na arbitragem portuguesa, que não se rege pelo mesmo código de conduta, nem pelas mesmas intenções e educação. Este ainda pediu desculpa, enquanto que Jorge Sousa, nem um Adeus gesticulou a Manuel Fernandes no final do jogo em Leiria.

Nota de destaque, também, para a nova parelha musical encornada, Dj Cervan(tes) e Dj Topê (António Pedro Vasconcelos), que esta semana em co-parceria realizaram o novo hit de final de Verão: “Leiam a lei 12”. Com uma batida mais ou menos repetitiva, soando a qualquer coisa como: Leiam a lei 12! Leiam a lei 12! A lei 12, a lei 12, a lei 12, a lei 12. Vejam, está n’Abola e no Recoooooooooooord…

O primeiro derby da época aproxima-se, é já dia 26 às 19h15. E porque de paleio e sufrágios anda o povo farto, no sábado, queremos os três pontos e os elogios que nos encham as caixas de comentários.

Abraço e fiquem por aí… que eu fico!

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