sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Troféu?


A Taça do Tri ainda não foi entregue! Pinto da Costa não calou a sua revolta e, numa entrevista, resolveu quebrar o seu silêncio afirmando que a Taça que visava premiar o Tricampeonato, conquistado sem espinhas pelo FCPorto, ainda não tinha sido entregue pelos senhores organizadores da prova, a direcção da Liga, e vai daí escreveu uma missiva ao Secretário do Desporto, Laurentino Dias (não foi este que recusou dar os parabéns pela conquista do Tri ao FCP?), a fim de intervir neste caso. Já Mourinho se queixou, por uma vez, que tinha sido bicampeão em Portugal e nunca tinha tocado no troféu, por isso nada de admirar deste país das bananas e dos bananeiros.

Uma palavra de apreço à, e chamemos-lhe na dificuldade de uma palavra positiva para definir tão caricata personagem, “capacidade de encaixe” de Gilberto Madaíl que, apesar de ter uma caixa de Rennie tomada e dos apupos/insultos que por norma lhe dedicam os adeptos portistas, cumpre a sua tão aborrecida missão de, em todos os inícios de época, lá vai ao Estádio do Dragão entregar a Taça correspondente a campeão, enquanto na Liga preferem os serviços do CTT, ou de uma qualquer empresa privada de entrega de correspondência, ou então esperam que alguém do FCPorto vá às Assembleias Gerais para levarem o troféu para o escritório.

Se formos vivos, pelo menos espero que vocês que são mais novos, ainda são capazes de ver o Benfica campeão, quando este dia chegar, vocês vão ver se a taça não é entregue logo.( Pinto da Costa)

Nem é preciso esperar por um futuro que, todos desejamos, seja muito longínquo. Basta recordar a época de 2004/2005, época onde ser campeão em Maio tinha maior importância do que o ser em Dezembro, e onde o SLB lá quebrou o seu jejum de 10 anos. Ironias do calendário, o SLB lá conseguiu ser campeão, da forma como todos conhecemos, no Estádio do Bessa, em plena cidade do Porto. A primeira provocação foi fazer um percurso pela cidade do Porto com um autocarro com o tecto aberto e sempre a cantar canções insultuosas para com o clube da cidade, e até com os cidadãos tripeiros. Imaginam só o que não diriam se o FCPorto fizesse isso de cada vez que vai a Lisboa buscar um título de campeão, provavelmente cairia o Carmo, a Trindade, o Terreiro do Paço e os Jerónimos.

No dia seguinte à partida que viria dar o título de campeão ao SLB, a Sporttv organizou a grande gala da Liga em homenagem os novos (falsos) campeões nacionais e a todos os jogadores que estiveram em destaque nessa época. Com uma cerimónia com pompa e circunstância hollywoodesca mas que mais parecia de taberna, transmitida e retransmitida pelo canal desportivo da TVCabo, a festa realizou-se em pleno coração da Invicta. Ficou-me na retinha três imagens: primeiro a “provocação” dos novos campeões nacionais que, em plena escadaria da Casa da Música, não se coibiram em cantarem bem alto, qual Coro de Santo Amaro de Oeiras por alturas do Natal, canções de júbilo benfiquista. Cena essa que ainda viria ser repetida em pleno palco, com o público a bater palmas.

A segunda imagem é o brinde entre Luís Filipe Vieira e António Oliveira, na altura Presidente do Penafiel. Oliveira, que não teve pejo em afirmar que estava disponível para a presidência do FCPorto quando o “rumor” de que Pinto da Costa iria ser detido, por causa do processo “Apito Dourado”, isto sem sequer saber se tal rumor era verdade e se o presidente iria se abandonar a presidência portista. Ou seja, e passe o exagero na comparação, ainda o rei não estava morto e já o seu súbdito queria ocupar-lhe o lugar.

Por fim, a última imagem é mesmo a frase de despedida do apresentador de serviço: um “até para o ano” todo sorridente. 3 anos depois, com 3 anos de conquistas portistas nem a festa foi mais realizada e agora sabemos que até o troféu não chega ao destino. Faz lembrar as grandes galas do Jornal Abol(h)a, uma Gala onde tanto os atletas do FCPorto arrecadavam todos os prémios de jogadores do ano, como os do Benfica arrecadavam os prémios dos jogadores revelação, excepção de um ou outro ano (de cabeça lembro-me de vibrar com a conquista de um dos meus ídolos de adolescência: Sérgio Conceição, de resto eram jogadores do Benfica que lá ganhavam os prémios revelação) como até davam o prémio Fair-play a Weah, um jogador que, meses antes, agrediu cobardemente Jorge Costa, originando que todo o plantel portista, presente na sala, fosse embora em solidariedade com o seu colega.

Pelo menos, nessa Gala, estava sempre Herman José em grande com o seu imparável “Estebes” que gozava com as derrotas de outros. Agora nem são precisas Galas, nem é necessário Herman José fazer de pantomineiro, esse papel cabe a quem governa uma Liga que tem a desfaçatez de ignorar todos os êxitos do clube que representa o seu país sempre ao mais alto nível, mesmo que queiram ignorar e desvalorizar os nossos feitos. Como responder a eles? Da forma como sempre o fizemos, dentro do campo vencendo os jogos, lutando contra tudo e todos. Quanto ao troféu...onde é que ele pára ?

post retirado do blog: Portistas de Bancada

2 comentários:

Gaspar Lança disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
dragao vila pouca disse...

Continua a brincadeira e assim nem vale a pena comentar.