terça-feira, 16 de outubro de 2012

Antevisão do Jogo - Portugal x Irlanda do Norte - Qualificação Mundial 2014


Ainda está na memória a retranca russa e Paulo Bento sabe que a Irlanda do Norte não vai ser diferente, apesar de rejeitar qualquer mudança no ânimo e ambição da turma lusa, algo que, garante, não foi perdido em Moscovo. O técnico português pretende que a equipa das quinas mantenha a sua identidade e estilo de jogo, garante que o pensamento está nos três pontos e confirma Cristiano Ronaldo e Rúben Micael na equipa inicial.

Não há adversários ideais, diz Paulo Bento, seja depois de uma derrota, como a de sexta-feira, em Moscovo, ante a Rússia, ou depois de um triunfo. O selecionador nacional afiança que nada há que recuperar, porque a seleção nada perdeu na Rússia a não ser três pontos.
«Se tivéssemos alcançado outro resultado, continuávamos a ter o objetivo de conquistar três pontos amanhã. Não temos que recuperar algo que não perdemos. Mantemos o ânimo, a ilusão e a convicção do que queremos fazer e não o perdemos em Moscovo», afiançou o treinador nacional.

Paulo Bento repetiu o que já disse, considerando que a derrota com a Rússia foi «injusta», mas preferiu virar a página e apontar baterias ao jogo com a Irlanda do Norte, que foi preparado «da melhor maneira possível», com a convicção de que «serão alcançados os três pontos» e que a equipa das quinas «estará no Mundial 2014».

O facto de a Irlanda do Norte ocupar o posto número 117 do ranking FIFA, no qual Portugal é terceiro, não elevam a confiança do conjunto português.
«Os rankings a mim dizem-me pouco. Não preparamos os jogos em função da nossa posição no ranking nem dos nossos adversários. Preocupamo-nos com o que o adversário vale em termos coletivos, com algumas individualidades que possa ter, com a nossa forma de jogar e com o nosso método de jogo».

Neste sentido, Paulo Bento sublinhou aquilo que a Irlanda do Norte pode fazer e que pode criar problemas à equipa das quinas.
«É uma equipa que usa com muita frequência o jogo direto no seu ponta de lança, em termos ofensivos essa é uma das suas principais rotinas, bem como a capacidade que esse jogador tem de alcançar espaços em profundidade. Sob o ponto de vista defensivo, é uma equipa que usará um bloco baixo, composto por duas linhas de quatro com um jogador na posição dez e um ponta de lança. Vão jogar recolhidos, tentarão sair em contra-ataque e compete-nos combater essa situação, criando situações de finalização, não perder segurança e paciência no processo ofensivo e controlar o momento de transição ofensiva do adversário com uma transição defensiva muito forte».

O selecionador nacional volta a sublinhar a ideia: «Ganhar e não como ganhamos. Se ganhamos 1x0 bem, 2x1 bem, 2x0 melhor. Três pontos são o mais importante. Esse é que é o objetivo».
Apesar de assumir que a equipa nacional por estar «um pouco mais pressionada por ter perdido três pontos», o técnico lembra que «jogar sob pressão» não é nada desconhecido para os jogadores lusos e para o qual não estejam preparados e até lembra a qualificação para o Euro 2012 para ilustrar o que é pressão.

«Prefiro muito mais a situação que vamos encontrar amanhã com a Irlanda do Norte do que a situação quando vim cá [Dragão] jogar pela primeira vez com a Dinamarca. Tínhamos um ponto em três jogos, agora temos seis em três».  

Jogo 100 de Cristiano Ronaldo

A marca é histórica, Cristiano Ronaldo atingirá amanhã o 100.º jogo pela seleção nacional, algo apenas atingido por Figo e Fernando Couto. Paulo Bento lembra que o internacional luso é «um jogador de grande talento» mas que «trabalha muito para chegar a este patamar» e deixou o desejo de que «faça muitas internacionalizações» pois, acredita, «acabará por bater o recorde existente de internacionalizações e o número de golos de Pauleta».

«A carreira dele na seleção é ajudar. A sua importância na equipa tem a ver com o nível de profissionalismo que exibe no treino, no cumprimento da nossa forma de estar, das nossas regas, normais de um grupo de trabalho. A forma como as cumpre, sendo capitão, são um exemplo da  competitividade que exibe e que é importante para nós, para o grupo de trabalho e para os seus colegas».

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