Esta foi a noite em que o FC Porto conseguiu uma das maiores vitórias de
sempre sobre o rival lisboeta, humilhando a águia com um histórico 5x0,
deixando por terra o campeão nacional e destroçando as ambições de
Jorge Jesus revalidar o título, conquistado meses antes, com classe e
inegável superioridade... Uma noite de sonho para o Dragão, um pesadelo
muito díficil de esquecer para a águia...
Nos bastidores do grande jogo
Era verdade que o FC Porto caminhava seguro na liderança, apenas um empate cedido e quatro golos sofridos, apresentando a mais sólida das candidaturas ao título, enquanto do outro lado da barricada estava o Benfica, campeão em título, ainda abalado pelos maus resultados das primeiras jornadas, que haviam deixado a águia a uns impensáveis sete pontos de distância dos dragões, mas antes do jogo, e apesar da diferença pontual na classificação, ninguém imaginaria tal desfecho.
Jorge Jesus relativizava a distância, mas os sinais que chegavam da Luz eram dissonantes. Uns apontavam as arbitragens, outros tantos culpavam os deslizes do guarda-redes Roberto, alguns apontavam o dedo às mudanças que o treinador operara na equipa de um ano para o outro. Na cabeça dos benfiquistas pairava ainda o resultado da derrota às mãos dos portistas na Supertaça, realizada no princípio da época.
Nos bastidores do grande jogo
Era verdade que o FC Porto caminhava seguro na liderança, apenas um empate cedido e quatro golos sofridos, apresentando a mais sólida das candidaturas ao título, enquanto do outro lado da barricada estava o Benfica, campeão em título, ainda abalado pelos maus resultados das primeiras jornadas, que haviam deixado a águia a uns impensáveis sete pontos de distância dos dragões, mas antes do jogo, e apesar da diferença pontual na classificação, ninguém imaginaria tal desfecho.
Jorge Jesus relativizava a distância, mas os sinais que chegavam da Luz eram dissonantes. Uns apontavam as arbitragens, outros tantos culpavam os deslizes do guarda-redes Roberto, alguns apontavam o dedo às mudanças que o treinador operara na equipa de um ano para o outro. Na cabeça dos benfiquistas pairava ainda o resultado da derrota às mãos dos portistas na Supertaça, realizada no princípio da época.
André Villas-Boas, por sua vez, comandava uma armada segura da sua
rota, aguardando calmamente a visita do grande rival, ciente que a
vitória podia selar o destino do campeonato, somente com dez jornadas
realizadas...
«Em equipa que ganha não se mexe», e Villas-Boas limitou-se a trocar o
lesionado Fernando pelo colômbiano Guarin, enquanto o treinador dos
encarnados decidiu alterar a equipa, fazendo sentar Saviola no banco,
fazer subir Fábio Coentrão para extremo, deslocar o central David Luiz
para a esquerda, e chamar à titularidade o pouco utilizado Sidnei.
Varela abre as hostilidades
O jogo em si não teve muita história... Marcava o relógio onze
minutos, quando Hulk avançou pela direita e fez o que quis de David de
Luiz, centrou para o meio da área, onde Varela, sem oposição, inaugurou o
marcador.
Aos 23 minutos, novamente do lado esquerdo da defesa encarnada,
Belluschi bailava à frente de um atarantado David Luiz, antes de colocar
a bola no centro da área, onde Radamel Falcao finalizava com um sublime
toque de calcanhar, perante um Luisão ajoelhado, uma imagem
prenunciadora do que seria o Benfica nessa noite de pesadelo na «Cidade
Invicta».
Com o adversário na mão, o FC Porto avançou para a jugular. 28
minutos decorridos e novamente Belluschi a avançar pela direita, chamou a
si Sidnei e Luisão, de David Luiz nem rasto, centrou para trás onde
Radamel Falcao, de primeira, fuzilou com o pé direito, um inconsolável
Roberto.
O Dragão explodia de felicidade, Jorge Jesus cruzava os braços, o
rosto pesado dos suplentes benfiquistas deixava antever o terror que
ainda estava por vir...
Jesus tenta, Luisão não deixa
Ao intervalo, Jesus emendou a mão, procurando equilibrar a equipa, e
quiçá a reviravolta histórica. O Benfica tinha sido uma absoluta
nulidade no primeiro tempo, e o treinador, ciente disso, não teve medo
de reconhecer o erro e voltou à forma inicial. Mandou avançar Gaitan
para o lugar de Sidnei, Coentrão voltava para a esquerda, Luiz voltava a
fazer dupla com Luisão.
O Benfica reentrou melhor, os jogadores, de volta ao seu habitat
natural, sabiam o que tinham de fazer, e o que era esperado deles. Não
surpreendeu ninguém o domínio benfiquista, e David Luiz esteve muito
perto de reduzir a diferença.
Todavia, aos 66 minutos, cansado de ouvir olés da bancada portista,
Luisão perdeu a calma e tenta agredir Guarin. Pedro Proença não hesitou e
mandou o brasileiro para a rua. O Benfica perdia por 3x0, ficava com
menos um e perdia a liderança. Jesus percebeu que não havia mais nada a
fazer e recuou linhas.
Villas-Boas sentiu que podia fazer história, Hulk compreendeu melhor
que ninguém a ideia do treinador, e avançou sobre os encarnados. Em mais
um lance de um para um, e novamente pela direita, Coentrão travou o
brasileiro, e o incrível não se fez rogado e fez o 4x0 da marca de
grande penalidade.
Antes de correr o pano sobre o clássico, Hulk voltaria a fuzilar
Roberto, com um remate cruzado da direita. O Benfica caía com estrondo e
o Porto ficava com o caminho livre para o título que viria a celebrar
na casa do rival...
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