«O medo de Jorge Jesus, plasmado numa equipa cheia de remendos e soluções de recurso e sem a mínima identidade colectiva, só podia dar o que deu: toda a confiança aos poderosos avançados portistas e um enorme curto-circuito mental nos próprios jogadores encarnados.»
João Querido Manha, Correio da Manhã
João Querido Manha, Correio da Manhã
«O clássico do Dragão foi, por força do resultado, humilhante para o Benfica. Mas, visto de outra forma, foi mais penalizante para Jorge Jesus que, em dois embates consecutivos, apanhou duas “ensaboadelas” do “rookie” Villas-Boas. O técnico das águias quis dar tanta importância à equipa contrária que acabou por descaracterizar a sua. A colocação de David Luiz na esquerda, pretensamente para travar Hulk, foi um erro tremendo (…). De resto, deixar Saviola no banco – quando a equipa não tem Cardozo – também não lembra a ninguém. Se o argentino não estava em condições... ficava na bancada. Jesus, a época passada, garantiu que era capaz de colocar o Benfica a jogar o dobro. Cumpriu a promessa. Agora, contudo, parece incapaz de descobrir as razões que levam o conjunto (…) a jogar um terço do normal há meia dúzia de meses. Contudo, a história diz-nos que Jesus tem esta tendência. Raramente consegue uma segunda temporada igual ou melhor que a primeira.»
Luís Avelãs, Record
Luís Avelãs, Record
«O erro não é escolher o jogador menos correcto para marcar o futebolista mais poderoso do adversário. O erro maior é dizer à sua equipa e aos adeptos que afinal o treinador acha que não são assim tão bons. Foi isso que Jorge Jesus fez. (…) Resumindo: Jorge Jesus teve uma noite péssima no Dragão. Ele errou mais do que a equipa. Ou pelo menos primeiro do que a equipa.»
Luís Sobral, Maisfutebol
Luís Sobral, Maisfutebol
«A segunda palavra vai para Jesus, que sendo, segundo o próprio, um “catedrático” do futebol, fez no Dragão figura de aprendiz. E pior, de um aprendiz que não aprendeu. (…) A facilidade com que Hulk o “sentou” [David Luiz] no lance do primeiro golo e o papel de “barata tonta” que representou na jogada do segundo estão na origem da goleada e são o “remake” da “chapa 4” da época passada em Liverpool. Ao reincidir no erro estratégico desse jogo da Liga Europa, Jorge Jesus não só “inventou” e falhou. Vai também sentir os efeitos que os 10 pontos de atraso, “destemperados” por esta duríssima humilhação, terão na Luz. Trata-se, na realidade, do abanão que antecede a derrocada. Luís Filipe Vieira não engolirá esta afronta e não quererá continuar a pagar 2,4 milhões euros/ano a um “profeta” que prometeu o Paraíso e agora arranja desculpas. (…) Jesus sobe o Gólgota para acabar na cruz.»
Alexandre Pais, Record
«O jogo começou a ser ganho fora do relvado, no momento em que se percebeu que Jorge Jesus, ele próprio, não tinha confiança nos seus jogadores nem no esquema que tem servido de base ao futebol do Benfica. (…) Esta derrota, que liquida as aspirações benfiquistas na revalidação do título, é da inteira responsabilidade do treinador. Denunciou ter medo, revelou falta de ousadia e não soube adequar o modelo táctico ao dispositivo do FC Porto. (…) No duelo com André Villas-Boas, Jesus saiu claramente a perder. Não é admissível tão clamorosa falha de análise e previsão por parte de um treinador que sirva o Benfica. (…) É melhor o Benfica começar a planear a época 2011/2012, executando o trabalho de casa com discrição, longe dos holofotes da imprensa, sem guerras de palavras e, sobretudo, pensando a sério na hipótese de contratar outro técnico. Alguém que não se deixe deslumbrar consigo próprio e que saiba, com humildade, dar valor ao dinheiro que lhe é posto nas mãos para formar um grupo de trabalho.»
José Eduardo Moniz, Record
José Eduardo Moniz, Record
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Posto isto após a goleada ao Benfica por 5-0 no Estádio do Dragão, falta-me saber quais são os outros sites que falam sobre esta goleada e da humilhação que o Benfica passou há 10ªjornada da Liga Zon Sagres.
3 comentários:
belo post...
JJ já pensa que é o melhor....
FCP 5-0 SLB
Pelas movimentações que se operaram depois da "coça" que lhe aplicamos no Dragão, lidas as crónicas publicadas e as que não viram a luz do dia por vergonha dos canários desafinados, atentos às reacções de alguns e ao ar de desalento com que mastiga as pastilhas, Jorge Jesus "já" não é treinador do Benfica.
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