Inter desdenha mas ainda quer Quaresma

Continua num impasse o braço de ferro entre o FC Porto e o Inter de Milão por Ricardo Quaresma. A diferença entre o que os italianos oferecem e o que os portistas pedem ainda não foi ultrapassada e ontem foi a vez dos italianos desdenharem o negócio, ainda que por vias travessas. Aproveitando a apresentação de Muntari, o mais recente reforço dos transapinos, Gabriele Oriali garantiu que o médio ganês encerrava as aquisições do Inter para o reforço da equipa. "No que diz respeito a entradas o mercado está fechado", garantiu aquele dirigente, sublinhando inclusivamente a necessidade de "emagrecer a equipa". "José Mourinho só quer 22 jogadores de campo e três guarda-redes. Haverá algumas despedidas dolorosas", concluiu Oriali. Uma posição que merece o acordo do treinador português. "Somos muitos e a situação não é fácil, devemos chegar aos 25 jogadores", disse José Mourinho. "Há muitos avançados e não consigo pô-los todos a jogar", reforçou.

Contudo, do lado português da equação, a posição dos italianos é vista como mais uma forma de pressão no sentido de fazer baixar o preço do extremo portista, deixando que a situação se prolongue até à data limite para o encerramento do mercado de transferências, 31 de Agosto. Uma postura que não deverá surtir efeitos. A posição do tricampeão português é clara: Quaresma sairá apenas mediante o pagamento de um valor nunca inferior aos 30 milhões de euros.

Entretanto, o extremo continua a trabalhar com o restante plantel do FC Porto e ontem marcou presença no treino, mostrando uma saudável boa disposição. O que não invalida que continue a ser poupado nos jogos particulares dos portistas, como forma de evitar lesões que façam abortar de vez a transferência anunciada.