segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

F.C.Porto 3-1 V. Guimarães. Vimos o melhor Porto!



FC Porto 3-1 VSC Guimarães

Liga 2011/12, 16.ª jornada
22 de Janeiro de 2012.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 34.914 espectadores.


Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa).
Assistentes: Nuno Pereira e Hernâni Fernandes.
Quarto árbitro: Hélder Malheiro.

FC PORTO: Helton; Maicon, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Defour; James, Kléber e Varela.
Substituições: Defour por Danilo (67m), James por Belluschi (83m) e João Moutinho por Souza (83m).
Não utilizados: Bracali, Mangala, Iturbe e Vion.
Treinador: Vítor Pereira.

VITÓRIA DE GUIMARÃES: Nilson; Alex, Freire, João Paulo e Anderson Santana; Leonel Olímpio, El Adoua e Nuno Assis; Paulo Sérgio, Edgar e Toscano.
Substituições: Paulo Sérgio por Pedro Mendes (57m), Leonel Olímpio por Faouzi (57m) e Toscano por Soudani (84m).
Não utilizados: Douglas, Defendi, Bruno Teles e Targino.
Treinador: Rui Vitória.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores: Rolando (19m), João Moutinho (46m), Faouzi (59m) e James (77m, pen.).

Cartões amarelos: Paulo Sérgio (24m), Kléber (56m), Fernando (58m), Anderson Santana (72m), Toscano (76m) e Edgar (80m).

Há uma volta inteira começávamos o campeonato a ganhar na Capital Europeia da Cultura, mas para o inicio de 2ª volta partimos com desvantagem de 2 pontos para o líder. Jogo importante este, tal como serão todos até ao próximo clássico, mas até pelo facto de jogarmos antes do líder se tornava imperial ganhar. E jogando novamente sem o Incrível Hulk, Vítor Pereira estava muito limitado nas suas escolhas para a frente de ataque, tendo lançado Kléber num lugar que tem estado órfão de um goleador. O restante do 11 foi o normal pelas soluções demonstradas e mais um voto de confiança em Varela, que desta vez não desaproveitou a oportunidade.
Início lento na troca de bola e muita dificuldade em chegar com jogo ligado ao ataque. Era James a fazer esse papel, mas hoje Moutinho e Defour não se entenderam no transporte de jogo e qual deles faria os movimentos de ruptura.

Golo do porto aos 19min na sequência de um canto, 2ª bola a ser ganha pelo Porto e James a encontrar solto Rolando na área que num grande movimento, qual ponta de lança a matar no peito e de primeira a rematar para o fundo da baliza de Nilson.

Os 5’ seguintes foram de autêntico sufoco para o Vitória. Muita dinâmica nas movimentações ofensivas com trocas a baralhar as marcações adversárias e enérgica recuperação de bola, fomos capazes de criar oportunidades para aumentar o marcador, não fossem as más decisões nas zonas mais próximas da baliza.

Rolando voltou a ser enorme aos 29min, num lance no qual falhou a transição e mal posicionada a nossa defesa permite um lance de superioridade numérica que Paulo Sérgio não foi capaz de finalizar com sucesso, por causa de Rolando.

Durou pouco a pressão forte do Porto após o golo e rapidamente voltámos ao registo inicial da partida, desta vez com perdas de bola na 1ª fase de construção que não nos permitiam chegar com qualidade aos 3 homens da frente.

Todos os lances de perigo a rondar a baliza do Vitória eram inevitavelmente criados pelo lado esquerdo com as combinações entre Álvaro/Varela ou Álvaro/James. Varela a parecer querer mostrar mais do que desde início de época, mais confiante, agressivo, a não perder lances em catadupa.

Chegava o intervalo no Dragão com a vantagem a ser-nos favorável.

Que mais podíamos pedir no reinício do jogo a não ser um golo do Porto no 1º minuto de jogo? Foi mesmo isso que aconteceu! Moutinho para Kléber e movimento de ruptura do nº8 portista que recebeu um grande passe do brasileiro, ficou na cara de Nilson e só teve de desviar de primeira.
À imagem dos momentos seguintes ao 1-0, foi a papel químico a reacção portista ao 2-0.

O jogo estava bom, as equipas com intensidade mas um artista de amarelo quis dar nas vistas, pela negativa. Começou a disparatar e a não marcar faltas evidentes a favor do Porto e conseguiu tirar Fernando do próximo jogo do campeonato num lance de corte claramente limpo. Ora esta falta originou um livre directo próximo da área que Hélton não conseguiu segurar e permitiu o golo de Faouzi a reduzir o marcador para 2-1!

Era necessário o melhor Porto a partir de agora pois apesar da equipa adversária, parecia que íamos ter mais alguém a não nos deixar jogar.

Aos 66minutos Vítor Pereira mexeu na equipa pela primeira vez. Saída de Defour e entrada de Danilo para a estreia 7 meses depois da sua compra! Defour passou completamente ao lado do jogo, teve pouca bola, andou sempre escondido e longe do centro do jogo.

Danilo entrou bem no jogo, tem de ser um bom reforço com alma e raça que o número 2 da camisola do Porto representa. Colocou-se no meio-campo, formando o trio com Moutinho e Fernando.

Aos 77minutos, após um pontapé de canto, a bola sobra ao 2º poste para James que tira Toscano do caminho e é carregado claramente para penalty que foi assinalado e bem pelo árbitro (a azia de Valdemar Duarte era tanta que não foi capaz de a esconder… vê lá se cais outra vez das escadas). James na marcação para repor verdade no resultado.

Saídas de James e Moutinho para entradas de Belluschi e Souza.

Até final nada de novo, controlámos e gerimos bem o jogo após o 3-1. A vitória poderia ter sido com mais golos, mas também poderiam ter sido sofridos mais.

Notas positivas: Melhoria de Varela, que seja para manter; vitória sem Hulk e com muito boa exibição; estreia de Danilo; golaço de Rolando.

Notas menos boas: Falhanços defensivos e oportunidades demasiadas do Vitória;

Melhor em campo: James Rodriguez pela influência no resultado.


DECLARAÇÕES

Vítor Pereira: "Tinha a certeza que o colectivo dava a resposta":

Com vários jogadores indisponíveis, Vítor Pereira não esperava outra coisa. O colectivo superou as dificuldades previsíveis e superou a oposição do Vitória de Guimarães. Na conferência de imprensa, o treinador fez ainda a defesa de Maicon e não se surpreendeu com os rumores crescentes da cobiça internacional nos jogadores do Dragão.

Três golos, três pontos
"Foi um jogo intenso, em que procurámos sempre a vitória, conseguimos três golos e, fundamentalmente, aquilo que se viu provou que o FC Porto vale pelo seu desempenho colectivo, independentemente dos jogadores que estiveram ausentes e que são importantes para nós. Eu tinha a certeza que o colectivo ia dar uma boa resposta."

Maicon equilibra
"Mais do que o dedo do treinador, há muito trabalho do Maicon, que transmite confiança e equilibra a equipa. Vai dando uma resposta ao nível das exigências deste clube, embora as pessoas continuem a colocar-lhe um rótulo, como se ele não fosse capaz de jogar noutra posição além da de defesa-central."

Cobiça natural
"É natural que os jogadores do FC Porto sejam cobiçados, porque eles têm qualidade. É natural que se especule."

Menos palavras, mais resultados
"Muito mais do que as palavras e dos discursos, neste momento o mais importante é apresentar resultados."

1 comentário:

Tudo Sobre Desporto disse...

Sem dúvida que tivemos o melhor Porto!